Usina de Itaipu se renova para continuar produzindo energia limpa para o Brasil e o Paraguai
11/10/2024
São 40 anos de produção ininterrupta e muitos recordes de produtividade. Em 5 de maio de 1984, o brasileiro José Pereira do Nascimento e o paraguaio Heriberto Soto Santa Cruz entraram para a história. Os dois presenciaram o acionamento da unidade geradora 01 da Itaipu Binacional, a usina hidrelétrica que unia países e se tornaria a maior geradora de energia do planeta.
Nascimento foi quem acionou a máquina, enquanto Soto Santa Cruz trabalhou como supervisor do setor da pré-operação da unidade geradora. A geração ininterrupta, desde aquele dia, permitiu que Itaipu atingisse, em março de 2024, a marca de 3 bilhões de megawatts-hora (MWh), energia suficiente para abastecer o mundo inteiro por 43 dias.
Depois do início da geração, a velocidade foi impressionante. A máquina número 18 começou a funcionar apenas sete anos depois da número 01. Para isso, foi necessária muita engenharia, muita inteligência, muito trabalho de coordenação, porque em paralelo à entrada em funcionamento dessas unidades, ainda havia obras eletromecânicas; a usina ainda não era uma obra terminada.
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De fato, até hoje em dia, isso não para. Mesmo após a instalação das duas últimas unidades, que completaram as 20 unidades geradoras que a usina tem hoje, o trabalho continuou – era tempo de começar a renovação tecnológica.
Passadas quase quatro décadas de produção ininterrupta, a usina continua a apresentar indicadores excepcionais, batendo recordes de produtividade e mantendo a disponibilidade de suas unidades geradoras acima das referências de mercado. Isso se deve ao nível de excelência das atividades de engenharia durante o projeto e construção da usina e à cada vez mais eficiente gestão dos ativos de produção de energia.
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Mas manter esses índices tem se tornado cada vez mais complexo. Sistemas e equipamentos elétricos e eletrônicos, projetados para durar 30 anos, já operam há quase 40. Por isso, para assegurar a continuidade de seu alto desempenho, Itaipu deu início à atualização tecnológica, que contempla a substituição de todos os cabos de força e controle e dos sistemas do controle centralizado, das unidades geradoras, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares, do vertedouro e de medição e faturamento.
Também será modernizada a Subestação da Margem Direita, que conecta Itaipu ao sistema elétrico paraguaio e ao sistema de corrente contínua de Furnas. Fazem parte da atualização ainda: a construção de novos almoxarifados e de centros de integração de sistemas; a aquisição de novas ferramentas de gestão; e a contratação de serviços de apoio e consultoria para atividades de projetos, inspeção, fiscalização e comissionamento.
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É o maior e mais complexo projeto já executado pela usina desde a construção, e estima-se que será executado em um período de 14 anos. Mais que um gigante de concreto, a usina de Itaipu tem vida e se renova a cada ciclo, para estar sempre na vanguarda da tecnologia.