Pastor é preso dois anos após ser denunciado por dopar e estuprar homem no Paraná, diz delegado

  • 12/11/2024
(Foto: Reprodução)
Vítima foi levada para apartamento do homem e deixada inconsciente e sem roupas na rua após o crime, segundo polícia. Inicialmente Jean Carlos Skiba foi inocentado, mas após recurso do MP foi condenado por estupro de vulnerável. Defesa dele disse que vai se manifestar apenas nos autos do processo. Pastor é preso dois anos após ser denunciado por dopar e estuprar homem no Paraná O pastor de uma igreja evangélica foi preso dois anos depois de ser denunciado por dopar e estuprar um homem de 27 anos em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, no golpe conhecido como "Boa Noite, Cinderela". De acordo com a Polícia Civil, o pastor, que na época tinha 37 anos, drogou a bebida da vítima com um remédio contra insônia, levou o homem para o próprio apartamento e, após estuprá-lo, o deixou desacordado, sem roupas e sem celular no meio da rua. Saiba mais abaixo. O caso está em sigilo, mas o g1 apurou que trata-se de Jean Carlos Skiba. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Pastor Jean Carlos Skiba Reprodução/Redes Sociais O caso foi denunciado e investigado em 2022, quando, segundo o delegado Derick Moura Jorge, o cumprimento de um mandado de busca e apreensão encontrou algumas provas na casa do pastor. "Foram localizados na residência do investigado o aparelho celular da vítima, a camisa usada pela vítima no dia dos fatos, bem como o medicamento [usado para dopar a vítima], sendo apreendido o aparelho celular do autor, no qual continham buscas relacionadas aos efeitos do citado medicamento para a prática de crimes sexuais, o que demonstra que o investigado teria planejado a sua conduta de modo premeditado", afirma Jorge. Na época, a polícia pediu a prisão preventiva de Skiba, mas, segundo o delegado, a Justiça não aceitou por entender que as provas eram insuficientes. O caso foi encaminhado ao Ministério Público (MP), que oficializou a denúncia criminal. Porém, durante o julgamento o pastor foi inocentado, "sob o argumento de que as provas eram insuficientes", reforça o delegado. "Inconformado, o Ministério Público apresentou recurso, tendo o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná reformado a sentença de primeiro grau e condenado o investigado à pena de oito anos e três meses de prisão em regime fechado", explica. O mandado de prisão foi expedido no dia 30 de outubro de 2024 e cumprido no dia 5 de novembro. Jean Carlos Skiba está preso na Cadeia Pública de Ponta Grossa. A Defensoria Pública, que atuou na defesa dele, disse que vai se manifestar apenas nos autos do processo. LEIA TAMBÉM: Denúncia: Vítima de violência doméstica denuncia que marido matou o próprio pai há 37 anos, e polícia encontra ossada escondida na antiga casa do suspeito Londrina: Casal de idosos é encontrado morto dentro de casa no Paraná meses após o óbito Queda de 30 metros de altura: Ciclista que morreu durante trilha em hidrelétrica estava pedalando em grupo quando caiu de ponte Entenda o caso De acordo com o delegado Derick Moura Jorge, a vítima estava em um bar quando o pastor se aproximou para conversar. Nesse meio-tempo, o pastor colocou uma dose do medicamento que causa sonolência no copo da vítima, que começou a se sentir mal. O condenado, então, ofereceu uma carona ao homem, mas o levou para o próprio apartamento, onde o estuprou. Depois, pegou o celular e as roupas da vítima e a deixou em uma rua da cidade, ainda desacordada. O delegado afirma que o pastor é casado e que cometeu o crime em um dia que a esposa estava viajando. Segundo Jorge, a condenação foi referente a um caso, mas a polícia tem investigações que apontam que o pastor pode ter feito outras duas vítimas, agindo da mesma forma. O delegado também afirma que o pastor não conhecia as vítimas anteriormente e não contava o nome verdadeiro a elas. Ele não tem antecedentes criminais e estava atuando como líder religioso até o dia em que foi preso, complementa. "A Polícia Civil reforça a necessidade das pessoas tomarem o máximo de cuidado em festas e outras aglomerações de pessoas, evitando se afastarem de seus copos e, em nenhuma hipótese, consumindo bebidas de desconhecidos", ressalta o delegado. Delegado Derick Moura Jorge explica o caso Reprodução Vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais em g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2024/11/12/pastor-e-preso-dois-anos-apos-ser-denunciado-por-dopar-e-estuprar-homem-no-parana-diz-delegado.ghtml


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