Como a Musicoterapia ajuda pessoas autistas

  • 11/11/2024
(Foto: Reprodução)
A música pode ser uma importante aliada no tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), favorecendo uma variedade de benefícios significativos. Por Assessoria Soulmare A música, uma linguagem universal, transcende barreiras que, para muitas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), podem parecer intransponíveis. Ao longo dos anos, o tratamento do autismo tem se expandido para além das terapias convencionais, e uma das abordagens que têm se destacado nesse contexto é a musicoterapia. Uma prática baseada em evidências científicas, que emprega os elementos musicais, arte, saúde e neurociência para realizar as intervenções, estimulando e promovendo desenvolvimento independentemente do nível de comprometimento da pessoa autista. A música é muito mais do que uma arte. Ela se transforma em ferramenta terapêutica. As melodias, os ritmos e os sons servem como uma ponte para a comunicação, especialmente em crianças que têm dificuldade de se expressar verbalmente. A musicoterapeuta Elisa Köhler, especialista em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), afirma que "a música atua diretamente no sistema límbico, responsável pelo processamento das emoções, na formação de memórias e na motivação". Ela explica que a emoção envolve o processamento sensorial, e, como a música é uma frequência sonora que também pode ser sentida na pele, ela intensifica a expressão emocional. "A área cerebral que envolve a fala é diferente da emocional, por isso a criança pode se expressar musicalmente mesmo que não fale", ressalta Elisa, evidenciando o papel da música na expressão emocional das crianças com TEA. Divulgação De acordo com a Associação Brasileira de Musicoterapia, essa abordagem terapêutica é indicada para pessoas de todas as idades, e no caso das crianças com autismo, pode ser uma ferramenta crucial para trabalhar habilidades que, de outra forma, seriam mais difíceis de serem desenvolvidas. O ambiente lúdico, enriquecido e criativo planejado durante as sessões permite que as crianças se expressem, aprendam e interajam em conexão com os elementos e outras pessoas, promovendo desenvolvimento social, algo que muitas vezes é desafiador para indivíduos com TEA. “As crianças desenvolvem na musicoterapia mais contato visual, rastreio visual, imitação, troca de turno, flexibilidade, teoria da mente, intenção comunicativa, entre outros”, afirma Elisa. Ela descreve o progresso de uma paciente que, inicialmente, evitava contato visual, não respondia aos chamados e se mantinha inquieta, mas que, ao focar na terapeuta através da música, passou a demonstrar atenção e responder mais ativamente, fortalecendo o contato visual e a capacidade de imitação. Divulgação Outro aspecto relevante da musicoterapia é seu impacto no desenvolvimento motor de crianças autistas. "A música estimula diversas áreas do cérebro ao mesmo tempo, inclusive atuando no córtex sensorial, córtex motor e no cerebelo, áreas ligadas à coordenação motora", explica Elisa. "Ela ativa nosso sistema de recompensas, liberando mais dopamina, serotonina e norepinefrina, e, como consequência, a criança sente mais interesse em repetir as atividades, aumenta sua atenção e experimenta mais prazer", completa a musicoterapeuta, ressaltando que essa estimulação divertida favorece o desenvolvimento motor de forma natural. A musicoterapia também contribui para a redução de movimentos repetitivos e comportamentos rígidos, comuns entre pessoas com autismo. “A música introduz novos ritmos e atividades que ajudam a redirecionar a estereotipia, promovendo flexibilidade e adaptação a mudanças. A criança presta mais atenção na música e pode esquecer por alguns momentos os movimentos repetitivos”, explica Elisa, destacando que, com o tempo, essa prática pode reduzir a frequência desses comportamentos. Ela enfatiza, contudo, a importância da capacitação em musicoterapia comportamental para que o profissional possa fazer uma análise adequada dos comportamentos e que a redução de movimentos repetitivos varia conforme cada paciente. Elisa Köhler é musicoterapeuta que, através da música, promove maior independência, desenvolvimento de habilidades, potencializa a comunicação e reduz comportamentos inadequados. Especialista em Análise do Comportamento e aplicadora de ABA. Divulgação Onde encontrar? Na Soulmare Clínica de Autismo, em Foz do Iguaçu, é oferecida uma abordagem multidisciplinar que inclui a musicoterapia entre as nossas terapias especializadas. Os profissionais estão preparados para proporcionar um atendimento acolhedor e personalizado, garantindo que seu filho receba o suporte necessário para crescer e se desenvolver com qualidade. Conheça e descubra como a música pode transformar vidas. Unidade Av. Paraná Avenida Paraná, 3575, Jardim Central Em frente à Delegacia da Polícia Federal Unidade Centro Rua das Missões, 153, Jardim Festugato WhatsApp: (45) 31980219

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/soulmare-clinica-de-autismo/noticia/2024/11/11/como-a-musicoterapia-ajuda-pessoas-autistas.ghtml


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